O Gonçalo é o membro mais recente da equipa de consultores da PMR Imobiliária. E nesta breve entrevista lançámos-lhe um desafio: perguntas breves com respostas curtas sobre os desafios de trabalhar no ramo imobiliário. E a verdade é que o Gonçalo nos fala naquela que sabemos ser a realidade do mercado. Quer saber qual? O Gonçalo conta-nos tudo nesta entrevista.
Como foi o início do teu percurso no ramo imobiliário?
Eu comecei o meu percurso no ramo imobiliário muito recentemente. Estou a trabalhar nesta área sensivelmente há cinco meses. Comecei em novembro do ano passado e tem sido uma experiência extraordinária, estou a aprender muito porque, apesar de já conhecer alguma coisa do ramo, nunca tinha trabalhado como consultor imobiliário e tem sido realmente uma experiência que estou a adorar e espero continuar (nesta área) por muitos e bons anos.
Quais os principais desafios da área?
Um dos principais desafios com que me tenho deparado até agora, com o decorrer da atividade, prende-se um pouco pelo início, porque realmente não é fácil. Nós não chegamos com uma carteira de clientes já preparada, temos que trabalhar para ela, e obviamente que o início acaba por ser um pouco… Chamemos-lhe “penoso”, por essas razões.
Mas é verdade que, com o decurso natural das coisas, vamos conhecendo muitas pessoas, trabalhamos com muitos clientes, muitos potenciais clientes, e muito rapidamente consegue-se construir uma base para trabalhar. E mesmo esses clientes trazem outros e acaba por ser algo que, com alguma rapidez, conseguimos ter uma carteira interessante de clientes para trabalhar.
Qual a maior aprendizagem até agora?
A maior aprendizagem que consegui tirar desta atividade até agora, é que nós não vendemos casas. Nós, acima de tudo, lidamos com pessoas. O nosso produto não é tanto as casas que temos para vender ou para acompanhar na venda, tem a ver com as expectativas das pessoas que acompanhamos e com tentar cumprir esses sonhos, seja de vender ou de comprar casa.
Essa é claramente a maior aprendizagem: não é tanto o imóvel, mas sim a pessoa que está por detrás dessa venda ou compra.
Quais as maiores diferenças face ao idealizado?
Uma das principais diferenças, face àquilo que eu tinha imaginado nesta carreira, é... Pensei, sinceramente, que fosse mais fácil. Normalmente uma pessoa conhecendo o ramo imobiliário, conhecendo alguma coisa dentro da indústria, pensa: “Tenho não sei quantos amigos, tenho uma carteira de pessoas a quem consigo facilmente chegar e a quem consigo vender ou comprar alguma coisa”. E, mesmo pela natureza do produto em si, ninguém está a comprar e a vender imóveis todos os dias, não é uma necessidade premente e, portanto, é um pouco uma ilusão pensar que rapidamente vamos conseguir, em pouco espaço de tempo, assessorar a compra de “X” casas, quando isso, realmente, leva o seu tempo. Não é que não surja, mas é o trabalho e o esforço contínuo que estão por detrás disso: todos os dias reservar blocos de tempo para fazer as tarefas certas para que os resultados apareçam.
Qual o conselho que darias a quem quer trabalhar na área?
Um dos principais conselhos que eu poderia deixar, ainda dentro desta minha parca experiência na área, é confiar no processo. O que é que eu quero dizer com isto?
Eu estou a aprender com pessoas que já desenvolvem esta atividade há muito tempo e, muitas vezes, os conselhos que me dão são: “Insiste nesta tarefa, insiste nesta prospeção, insiste neste tempo, porque os resultados podem não ser imediatos, mas vão aparecer mais à frente”.
É normal que as coisas não sucedam muito rapidamente, que causem efeito em pouco tempo, mas temos que confiar que o processo mais à frente vai devolver o esforço que estamos a colocar agora e, mesmo com a minha pouca experiência, eu já estou a colher frutos daquilo que foi o trabalho que fiz desde o início.
É verdade que isso leva a que as pessoas tenham que acreditar que isso vai acontecer e, obviamente, que algumas características pessoais também ajudam a que isso aconteça mais cedo ou mais tarde, mas temos que confiar!