Foi por acaso que a nossa consultora Célia Escrivães iniciou o seu percurso no imobiliário, numa altura de mudança pessoal e profissional. Vinda da área administrativa, respondeu a um anúncio… e o resto é uma história feita de pessoas, desafios e momentos que nunca esqueceu. Hoje partilhamos a história da Célia, que este ano completa 24 anos de profissão na mediação imobiliária.

São 24 anos de percurso no ramo imobiliário. O que te levou a esta área?

Trabalho na área de mediação imobiliária há cerca de 24 anos e o meu início de carreira foi um bocadinho por acaso. Eu costumo dizer que caí de paraquedas nesta atividade. Eu trabalhava na área administrativa e estava numa fase de mudança, quer a nível pessoal, quer a nível profissional.
Concorri a alguns empregos, a alguns anúncios que encontrei, e acabei por descobrir a área da mediação imobiliária.

O que te faz continuar a trabalhar como consultora?

Continuo a trabalhar como consultora porque percebi que adoro ajudar os clientes a encontrar a casa certa. É algo que me dá imenso prazer, poder ajudá-los e fazer parte do sonho, da procura, do encontrar do sonho daquele cliente.

Os desafios que encontraste há 24 anos são os mesmos de agora?

Os desafios que encontrei no início da minha carreira estavam mais relacionados com a forma como éramos vistos. Basicamente, éramos os vendedores, aqueles que estávamos para ganhar comissões altas e para não prestar nenhum serviço. Com o passar dos anos, eu vejo de outra forma e acredito que a maior parte do mercado também nos vê de outra forma. Vê-nos como aliados. Aqueles que vão ajudá-los a tornar o processo mais simples e fazer com que o cliente chegue ao final (do processo) e tenha uma boa recordação, quer seja de compra, quer seja de venda.

Consegues eleger o momento mais marcante da tua carreira até hoje?

Não consigo eleger apenas um que seja o momento marcante da minha carreira, tenho vários. Todos os clientes que eu ajudei são clientes que me ficaram no coração.

Confesso que todos aqueles processos em que tivemos dificuldades, que eram processos mais difíceis e de clientes com muita vontade e que, de outra forma, não teriam conseguido comprar (ou vender) a sua casa, marcam-me um bocadinho mais porque sinto que consigo fazer a diferença.
Ou clientes que em determinado momento se tornam amigos. Tive uma situação de uma cliente que estava sozinha em Portugal a visitar imóveis e ficou doente. Fui eu que a acompanhei até ao hospital. E, por isso, criámos uma relação que passou muito de consultora/cliente, passámos a ter uma relação de amizade.

Por isso tenho vários momentos ao longo da minha carreira que posso dizer que foram marcantes e que me marcaram de formas diferentes.

Qual o conselho que darias a quem quer trabalhar na área?

Primeiro: espírito de sacrifício. Esta atividade exige muito de nós, muito tempo, porque durante todo o processo em que acompanhamos um cliente, o cliente confia em nós e nós temos de estar presentes a toda a hora e em todo o momento.

Em segundo lugar: a busca de conhecimento. Venham com vontade de aprender, de saber mais e não deixem de querer saber e de conhecer, ter conhecimento.

Por outro lado, divirtam-se! Porque nada faz sentido se nós não gostarmos daquilo que fazemos e não nos divertimos a trabalhar.